terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Ditadora

A presidente do Grémio (Social, Cultural e Recreativo do Souto) tem tiques de autoritarismo. No meio dos vogais e secretários, do conselho fiscal, da equipa de futsal, dos 3 gajos da malha, 4 do chinquilho e o motorista da vagonnete, ninguém é capaz de contrariar a tipa. Ela chama-lhes "maricas" e ninguém abre a bocarra a desdizer. "Faz o fax para a Associação, Tomé!", "mas eu num posso, tenho o computadore abariado", 'tou-me nas tintas para isso, pede ó Romeu, quero essa merda feita até às 5 da tarde de amanhã"; "'tá bem, prontos"; "Abreu,'tas puribido de dizeres isso a quem quer que seja", "Mas...", "mas nada, és um trambolho", "sou um trambolho, sra. Presidenta!?", "Sim, Abreu, daqueles verdes com pus!"Nas reuniões tratam-na com tanta deferência e servilismo que as actas aparecem feitas antes da reunião acabar; trazem-lhe lenços de papel mesmo antes de estar ranhosa...O que é certo é que já está no 3º mandato, vai para o 4º e ninguém a quer de lá para fora, as contas estão certas e as minis do bar deixaram de desaparecer.
De dia escriturária nas Marquises Raimundo, à noite Estaline no Grémio.

domingo, 31 de agosto de 2008

A produção científica está para Portugal como a foice está para o CDS

Foi com agrado que li no Diário do Povo Agrícola que a Universidade do Porto está no 375º lugar no que toca a investigação científica.
Ao menos está no top 400.
É por estas porcarias que tenho que comprar comida para os animais aos espanhóis e aos indianos. Assim os miudos vão acabar a o 9ª ano e vêm logo para a quinta cavar e botar comida nos suínos. Não vale a pena mandá-los para a ciadade e pagar propinas só para permitir ao senhor professor doutor ir jantar ao restaurante fino e fingir que sabe manobrar o barco de 7 metros com que impressiona as miudas alunas lá na Doca de Santo Amaro.
Aqui no Souto as profissões aprendem-se no terreno. E é isto que os putos vão fazer: estagiar durinho no terreno lá da eira, sempre me aliviam o tempo para ir à junta tratar do nosso futuro com os empreiteiros e construtores civis.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O ar condicionado faz muita falta em Agosto, por vezes até o ligo em Julho

Ora boa. O presidente da câmara de Londres, um rabichola com cabelo ruço à playboy, acha que a solução para o aquecimento global é botar um jardim em cada telhado lá da sua beira. Nós aqui no Souto temos cerca de 23 casas, 3 apalaçados de emigrantes da França e 2 pocilgas. Mas todos eles têm horta ( o Davi da Lurdes tem, inclusivé um nabal todo verduncho) e continua a fazer um calor do filha da mãe em Agosto. Este mês só fui à junta atender uma velha que chateou 3 vezes por que o ar condicionado avariou-se-me e não tinha vontade nenhuma de lá ir.

Como ter tudo e não ter nada


Há semanas, num encontro de autarcas de freguesia, deparei-me numa das sessões com o Júlio Teles, presidente da junta de Freguesia de Celeirós. Mas ainda andas nestas andanças!? Já faz 20 anos e ainda não te cansaste? O Júlio, sempre muito perspicaz, pergunta-me se lhe tenho inveja. Claro que sim, és o gajo mais rico da freguesia, tens 2 amantes (se bem que uma é uma ovelha), 2 alqueires de vinha, uma sementeira de melão de fazer esverdear o Hipólito da Amélia, lá da Sanfa (este é rival da freguesia rival de Celeirós), e tens um tractor de 75cv... como não ter inveja!? Ainda tenho que tirar a mula do cortelho quando quero alfaces e batatas! Ele respondeu-me que desde que é autarca que não tem uma tesão de jeito, fazendo-se valer dos dotes de mão que ganhou enquanto eleito corrupto a receber por baixo da mesa e nas noitadas de chinquilho com o João Maria, o sargento da GNR da Louriça. Na quarta-feira apresentei a demissão e marquei eleições. Casei com comunhão de adquiridos e o dinheiro está lá do lado dela, se lhe falho com o caule bota-me fora de jogada. Que se danem os fregueses. O Zé da Teresa que se chegue á frente. Ou é só falar e fazer 'tá quieto!?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

"a Vanessa Fernandes é mais como um dente de alho ao pequeno almoço"

Adoro políticos.
São o sal da vida.
Já a Vanessa Fernandes é mais como um dente de alho ao pequeno almoço. Faz bem e tal, mas é muito desagradável.
Hoje quedo-me por estas muito pobres linhas.
Mas amanhã ou depois volto a escrever infâmias.
Fica apenas a informação que Agosto está a acabar, o que traz de volta o cinema, digamos, decente. E Ancinho do Eirado, em Aguiar da Beira, vê partir, ao mesmo tempo que as suas andorinhas, os filhos da terra emigrados para lá dos Pirinéus. Emigrantes desterrados com as suas discografias de trazer no carro. Tantos totós do nacional pimbismo empilhados a atravessarem Vilar Formoso, envoltos em soberba.

nota: ao colocar a Vanessa no título do post espero ser notado por algum tipo do clipping do Benfica (clube da Vanessinha), assim sempre posso esperar qualquer tipo de retaliação ou, do mal o menos, atenção - também serve.
Se der certo, para a próxima coloco "armamento de guerra para totós"

Começar aqui e agora

Deu-me ganas de começar aqui e agora.
Gaita e já vou começar por dizer que não estou nada de acordo com o acordo ortográfico que aí vem; não concordo com as manhãs cedo para ir trabalhar; odeio o caldo sem sabor, com a batata mal passada (moída); detesto o mau-hálito das 17h00 dos meus colegas que insistem em falar-me a 20 cm; e matava para que o comboio que passa aqui à porta descarrilasse de vez (ali mais à frente).